Glaucoma: o que é, quais os seus sintomas e tratamentos?

 

Considerada a segunda maior causa de cegueira no mundo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o glaucoma é uma doença assintomática que leva a uma diminuição progressiva da visão. Dentre os problemas que atingem essa função, esse é um dos mais comuns hoje em dia.

 

Em geral, o glaucoma está associado ao aumento da pressão interna dos olhos, causando, assim, diferentes variações fisiológicas e anatômicas no nervo óptico. Para evitar esse problema, é importante obter o diagnóstico quanto antes. Apesar de ser bastante conhecido, muitas pessoas não sabem realmente o que é o glaucoma.

 

Por isso, preparamos este post para responder as principais dúvidas sobre essa doença. Confira!

 

O que é o glaucoma?

 

Trata-se de uma doença ocular na qual há alteração no nervo óptico do paciente, fazendo com que ocorra uma perda de campo visual. O que mais assusta quando se trata de glaucoma é que ele evolui devagar, começando com pequenos desconfortos no campo de visão até que ele fique seriamente prejudicado.

 

É importante mencionar que a responsabilidade que o nervo óptico tem é a de captar as informações que nós enxergamos e de repassá-los ao nosso cérebro. Dessa maneira, quando o glaucoma acaba afetando essas fibras nervosas, todas elas vão morrendo de modo gradual, podendo levar até a perda completa da visão.

 

Vale destacar que qualquer pessoa pode desenvolver essa doença. No entanto, alguns grupos são mais sujeitos ao glaucoma. Confira quais são:

 

·         pessoas com idade acima de 40 anos: essas pessoas estão sob o maior risco de desenvolver a doença;

 

·         afrodescendentes: é importante mencionar que o risco da perda da visão por causa dessa doença chega a ser 15 vezes maior entre as pessoas afrodescendentes que em caucasianos;

 

·         pessoas com histórico da doença na família: o tipo mais comum, de ângulo aberto, é hereditário (falaremos sobre os tipos a seguir). Por essa razão, o risco aumenta muito quando há casos da doença na família;

 

·         outros grupos: pessoas que usam medicamentos esteroidais (para tratar asma, por exemplo), indivíduos de origem asiática ou hispânica, quem tem alto grau de miopia ou que sofreu trauma ocular e pessoas com córnea central fina.

 

Quais são as suas causas?

 

A causa da doença é desconhecida. Contudo, está muitas vezes associada ao aumento da pressão ocular ou, até mesmo, a alguma alteração do fluxo sanguíneo presente na região. É raro, mas alguns pacientes com diagnóstico de glaucoma podem apresentar pressão intraocular normal. Por isso, essa condição é considerada mais um fator de risco que uma causa propriamente dita.

 

Quais são os tipos de glaucoma?

 

Existem quatro tipos dessa doença. Confira quais são eles a seguir!

 

Agudo ou de ângulo fechado

 

Esse tipo de glaucoma acontece quando há um aumento súbito do humor aquoso (líquido produzido na parte anterior do olho). O glaucoma de ângulo fechado acontece de forma repentina, assim como as dores decorrentes dele. Os pacientes geralmente passam por crises intensas de dor nos olhos.

 

Congênito

 

A criança nasce com a doença, geralmente consequência de alterações na formação de estruturas oculares, como o trabeculado (responsável pela drenagem do líquido intraocular, o humor aquoso). Se o tratamento desse tipo de glaucoma for iniciado assim que for descoberto, a chance de reversão do quadro a partir de uma cirurgia é bastante significativa.

 

Crônico ou de ângulo aberto

 

Esse é o tipo mais comum da doença, que evolui progressivamente e tende a ser hereditário. Nele, a pressão ocular aumenta de maneira gradativa. Na maior parte dos casos, esse tipo de glaucoma provém de uma dificuldade de drenagem do humor aquoso, por causa de uma disfunção na região do trabeculado. É necessário estar atento, pois essa doença pode evoluir muito e causar dano ao nervo óptico e, até mesmo, a perda de visão.

 

Secundário

 

Esse tipo de glaucoma recebe o nome de “secundário” por ser derivado de uma causa totalmente externa. Pode acontecer em razão de uso de medicamentos (corticoides), doenças oculares (uveíte, catarata e similares), enfermidades sistêmicas e até traumas.

 

Quais são os sintomas?

 

Como já foi dito, o glaucoma é assintomático, caracterizando-se como uma doença silenciosa. No entanto, isso se aplica ao seu tipo mais comum, que é o de ângulo aberto. O sintoma que podemos atribuir a esse tipo é a perda gradual da visão, podendo chegar à cegueira total e irreversível.

 

Nos casos de glaucoma agudo, os sintomas são dor ocular, baixa visão, olho vermelho e crises de náuseas e vômito. Já as crianças com glaucoma congênito costumam apresentar: sensibilidade à luz, aumento dos olhos, nebulosidade ocular, olho vermelho e lacrimejamento.

 

Por que o diagnóstico precoce é fundamental?

 

Bom, como já mencionamos, o glaucoma é uma doença bastante silenciosa que, caso não seja devidamente tratada, pode causar a perda total e permanente da visão. Por isso, é importante ressaltar que o diagnóstico precoce dessa doença é a maneira mais eficaz de impedir sua evolução e de evitar problemas mais sérios.

 

Infelizmente, não existe o surgimento de sintomas demarcados ou explícitos do glaucoma, o que dificulta esse diagnóstico. Além disso, podemos, inclusive, afirmar que muitas pessoas não têm nenhum sinal da doença. Contudo, quando os sintomas se revelam, pode já ser tarde.

 

Quando a descoberta dessa doença é tardia, é bastante provável que ela já esteja em um estágio avançado. Portanto, não se pode esperar algum sintoma algo para buscar ajuda de um especialista. Quanto antes o tratamento for iniciado, melhor vai ser.

 

As campanhas de combate a essa doença tem ganhado força ultimamente. A finalidade disso é alertar as pessoas sobre a importância de fazer consultas e exames oftalmológicos, a fim de garantir a saúde dos olhos. A recomendação serve para todos, mas aqueles que têm predisposição devem dedicar uma atenção bem maior.

 

Existe tratamento?

 

Não existe cura para glaucoma. No entanto, há muitas formas de tratar, levando-se em conta fatores como histórico familiar, gravidade, idade do paciente e espessura da córnea. Quanto antes for diagnosticada maiores são as chances de controle, para que a pessoa tenha a melhor qualidade de vida possível. Isso faz com que seja de grande importância visitar regularmente o médico oftalmologista e fazer exames periódicos.

 

Cada tipo de glaucoma é tratado segundo suas características. O crônico — que é o mais comum — reage com sucesso ao uso de colírios. Alguns pacientes podem precisar também de tratamento a laser e até mesmo cirurgia tradicional. Já o agudo é feito com pílulas, colírios e medicamento intravenoso receitados por um médico oftalmologista. Por se tratar de uma situação de urgência, pode ser necessário um procedimento chamado iridotomia, que geralmente é realizado utilizando laser.

 

Quando se trata do tipo congênito, é necessária uma cirurgia, na qual o paciente deve estar anestesiado. Por fim, o glaucoma secundário é tratado com colírios e laser. Em situações nas quais a doença está mais avançada, a cirurgia pode ser indicada.

 

Por não entender o que é o glaucoma, muitas pessoas não se previnem e nem buscam tratamento. Entretanto, essa é uma doença ocular séria e que merece bastante atenção. Portanto, ao notar os sintomas apresentados neste texto, é imprescindível buscar orientação médica para evitar complicações futuras.

 

Quer conhecer mais sobre o assunto, saber quais são os exames e os tipos de cirurgia para essa doença? Então, não perca mais tempo e entre em contato conosco. Teremos o maior prazer em ajudar e sanar suas dúvidas!

 

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